O reflorestamento é a técnica de formar novas florestas em áreas que já tiveram florestas e, por algum motivo, como a ação do homem ou fenômenos naturais, não possuem mais.
Em outras palavras:
O reflorestamento é a atividade de formar uma nova floresta em uma área em que foi desmatada.
O reflorestamento é realizado em áreas degradadas, que não possuem mais capacidade de regeneração natural da vegetação nativa, ou na implantação de florestas comerciais em áreas onde antes havia florestas nativas.
Neste sentido, o Brasil é um país de extensão continental, mundialmente reconhecido pelas suas áreas de florestas, em especial, a Floresta Amazônica.
No entanto, em função da acentuada degradação ambiental e do desmatamento, algumas áreas de florestas não possuem mais a habilidade para se restabelecerem naturalmente.
Desta forma, o reflorestamento se torna uma opção bastante relevante para a recuperação da floreta nativa.
Atualmente, as principais formas de degradação das florestas são:
Podemos dizer então que:
O reflorestamento é uma intervenção ambiental com o objetivo de restabelecer a vegetação arbórea, por meio da introdução de espécies nativas ou exóticas. O reflorestamento ocorre como uma complementação a um sistema florestal degradado, ou ainda estabelecendo novos plantios em áreas completamente desmatadas.
O reflorestamento pode ocorrer de duas formas principais:
O reflorestamento com fins comerciais é prática bastante atrativa financeiramente. Espécies como o mogno africano geram receita com a venda da sua madeira, entretanto, devido ao tempo que levam para produzir exigem uma boa gestão financeira.
Além disso, o reflorestamento surge como uma ótima opção para a venda de créditos de carbono em áreas antes degradadas.
Não é de hoje que estamos cientes dos benefícios das florestas em nossas vidas. O senso-comum, entretanto, sobre o fornecimento de oxigênio pelas florestas, que faz com que muitos pensem que a Floresta Amazônica seja o “Pulmão do Mundo“, é na verdade um grande equívoco, já que uma floresta em estado “climax” não pode ter saldo de oxigênio.
Mas com o reflorestamento, existe uma tendência ao reestabelecimento e manutenção de diversos fatores ambientais, como por exemplo:
Entretanto, os benefícios não dizem respeito apenas aos fatores ambientais inerentes as áreas reflorestadas. Nos dias de hoje, o reflorestamento é conhecidamente uma moeda de troca mundial. Você sabia disso?
Desde a assinatura do Protocolo de Kyoto, o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) estabelece que, para as nações desenvolvidas que não alcançarem as metas propostas, possibilita-se o financiamento de projetos em nações menos desenvolvidas, de forma a baterem as metas estabelecidas.
Na prática, ocorre mais ou menos assim: um país desenvolvido, pode investir em projetos de reflorestamentos no Brasil. Este país receberá em contrapartida, créditos em toneladas de CO2, mais conhecido como, Créditos de Carbono, os quais são negociáveis em mercado aberto.
Atualmente, o preço de 1 crédito de carbono está cotado em torno de U$$ 27 a U$$ 30, nas bolsas de valores de mercado internacional.
Desta forma, o reflorestamento consegue aliar benefícios ambientais e financeiros em uma única atividade.
De modo geral, o reflorestamento tem dois objetivos básicos:
A desinformação a respeito do reflorestamento comercial faz com que muitas pessoas vejam este tipo de atividade com maus olhos, uma vez que o objetivo deste reflorestamento é a obtenção da madeira, logo que ela atinge a idade de corte.
Mas pense um pouco.
Apesar da tecnologia e das tentativas para a redução do uso do papel, a demanda por madeira e celulose ainda é crescente. Sendo assim, esta matéria-prima terá que vir de algum lugar.
Portanto, o reflorestamento é um forte aliado da preservação ambiental, já que evita que áreas de mata nativa sejam desmatadas para extração destas matérias-primas.
Vendo desta forma, percebe-se que o reflorestamento com fins comerciais contribui de forma significante para a redução do desmatamento.
Como nós vimos anteriormente, o reflorestamento natural auxilia na recuperação de áreas degradadas. Entretanto, pode levar muito tempo. Por isso, em alguns casos é necessário a intervenção humana para acelerar esse processo.
Em locais onde a degradação é pontual, podemos deixar que a natureza retome a sua forma original, após eliminar os fatores de degradação, ou seja, os fatores limitantes que estavam impedindo a regeneração natural, como erosão, baixa fertilidade do solo, elevados teores de alumínio tóxico, presença de gramíneas muito competitivas, etc.
É preciso também que exista um fragmento de vegetação nativa por perto para servir como fonte de sementes e propágulos para a área em recuperação.
Contudo, quando o desmatamento já atingiu grandes proporções, quando não existe um fragmento de vegetação nativa próxima, ou quando se pretende realizar o reflorestamento em um menor período de tempo, é preciso a intervenção humana no processo secessional da floresta.
Nestes casos, o mais indicado é o plantio de espécies nativas daquela região. Pois, são plantas mais adaptadas ao clima, altitude e, provavelmente, ajudarão para que a floresta recupere o seu equilíbrio biológico mais rapidamente.
É importante ressaltar as espécies florestais nativas são classificadas em grupos ecológicos, e que existe uma ordem cronológica de plantio entre os grupos no processo secessional da floresta: primeiro são plantadas as espécies pioneiras, depois as espécies secundárias iniciais, em seguida as secundárias tardias e, por fim, as espécies clímax.
Entre as principais técnicas de reflorestamento artificial, estão o plantio total, quando o plantio de mudas é realizado na área toda, e a nucleação, quando as mudas são plantadas em núcleos (ilhas ou clusters), nunca menores que 64 m2, que darão início ao reflorestamento, enquanto se espera que a natureza preencha os espaços entre os clusters ao logo do tempo.